JOGOS EM DIRECTO INTER REGIÕES

NAS GRANDES BATALHAS DA VIDA , O PRIMEIRO PASSO PARA A VITÓRIA É O DESEJO DE VENCER

sábado, 20 de março de 2010

ENTREVISTA JOÃO ALVES








Desta feita, solicitamos ao incansável João Alves, dirigente da A.P.L. que com a sua grande dedicação e habitual boa disposição tem sido o garante de que nada falte aos jovens “Alfacinhas”, para nos conceder esta pequena entrevista.

1- Boa tarde João Alves, qual a razão para esta dedicação permanente ao hóquei em patins?

J.A.: Por ser “filho” da Vila de Paço de Arcos, nascido e criado, não podia por tudo o que representa para a localidade, deixar de ter no Hóquei em Patins um dos meus desportos de eleição.
Tive uma breve passagem enquanto praticante no Clube da Terra onde sempre vivi, o CDPA, e a paixão não mais desapareceu.
Sempre que fui chamado a dar o meu humilde contributo, para ajudar a nossa modalidade, nunca, pelo amor que tenho pela mesma, fui capaz de dizer não.
Mesmo saindo a minha família, como é natural em todos os Dirigentes, prejudicada. São eles os verdadeiros pilares dos Dirigentes, porque damos mais aos outros que aos nossos.
Estou e estarei sempre disponível para que tenhamos um Hóquei em Patins melhor e para que os Jovens de hoje, Adultos de amanhã possam sentir a mesma paixão que eu sinto por esta modalidade, que tanto deu e continuará a dar ao nosso País.
Em resposta mais directa tudo se resume a um grande Amor pela modalidade.

2- Como se deu este teu ingresso na A.P. Lisboa?

J.A.: Em 2008 após ter terminado a minha colaboração como Dirigente Eleito do CDPA, fui abordado pelo actual Presidente da APL, Sr. Luis Nascimento, na altura Vice-Presidente do Hóquei em Patins da Associação de Patinagem de Lisboa, desafiando-me a fazer parte de uma equipa de trabalho no Comité de Hóquei em Patins, onde figurava uma pessoa por quem tenho uma estima, consideração, respeito e amizade inigualável, o meu amigo Ilustre Manuel Pinto.
Só por isso jamais deixaria de colaborar com a APL e com o Comité, apenas porque na vida por vezes não podemos dizer não, a quem tanta fidelidade demonstrou, e tão elevado carácter teve quando da sua colaboração enquanto Gestor Administrativo da Equipa de Trabalho que Liderei no CDPA no desempenho das funções para o qual fui eleito no Verão de 2007.
É e será sempre um imenso prazer trabalhar e colaborar com pessoas com a nobreza de carácter e ideais, com o qual o meu Amigo Manuel se rege e pauta a sua vida.
Quero ainda aproveitar para agradecer o privilégio que o meu Presidente Luis Nascimento e o meu Vice-Presidente Manuel Pinto me concedem, em trabalhar com tão ilustres pessoas como a grande referência do Dirigismo Sr. Fernando Brandão, o grande “Doutor” Carlos Armando e a Enfª Joana, o meu “Mister” Luis Moreira e recentemente o Prof Ricardo Salgado.
Tem sido um prazer trabalhar com cada um deles nas diversas ocasiões e agradeço publicamente todos os ensinamentos que tenho adquirido com todos sem excepção.
Todos eles desde o Presidente, são enciclopédias vivas nas suas áreas e sinto-me um privilegiado em poder fazer parte deste grupo de trabalho.
Tenho ainda muito para crescer enquanto Dirigente mas estando inserido nestes grupos de trabalho, com toda a certeza no futuro servirei melhor a modalidade.
Por isso uma vez mais o meu público agradecimento.


3- Sendo que já desempenhaste cargos directivos em Clubes e Equipas de “Alta Competição” como Sporting CP e Clube Desportivo de Paço de Arcos, quais as principais diferenças que encontras entre Dirigismo de Clube e Associativo?

J.A.: Existem diferenças significativas, enquanto Dirigente de um Clube com as responsabilidades que me têm sido atribuídas temos sob a nossa responsabilidade diária, um conjunto de situações diversas que passam pela vida diária de muitos atletas, equipas de apoio aos escalões (seccionistas), gestão administrativa de tudo o que implica a competição, gestão de conflitos, manter a disciplina e os ideais do Clube que se representa, tudo isto a um ritmo diário frenético e stressante, com soluções e decisão imediatas exigidas.
Se o Clube tiver ainda uma vertente de competição com responsabilidades no panorama nacional como os que representei até hoje, então aí só com grandes pessoas à sua volta como as que eu tive, e que jamais esqueço, podem fazer com que se tenha sucesso e os objectivos propostos sejam alcançados, sempre com a certeza que nem todos serão, mas de consciência tranquila que tudo fizemos para elevar o nome do Clube que representamos.

O Dirigente Associativo com as minhas responsabilidades, enquanto membro do Comité de Hóquei em Patins, tem mais um papel administrativo e de planeamento em grande parte da época desportiva.
Em resumo mais um papel de gabinete e menos de terreno que para mim são os Pavilhões, à excepção dos inúmeros jogos que vamos assistindo para podermos acompanhar o desenrolar das provas que a APL organiza. Sente-se menos o “cheiro” de balneário e tudo o que daí advém, e são estas Provas em que enquanto Associação participamos, como o Inter-Regiões, ou o este ano Organizado por nós Inter-Zonas, inserido no projecto Detecção de Talentos, que nos vão matando a saudade desse stress e adrenalina diária.


4- Este é o 2º “Inter-Regiões” em que participas na qualidade de dirigente da A.P.L., quais as expectativas com que partes para a prova?

J.A.: Não posso enquanto Dirigente de tão digna Associação como a de Lisboa, que tem na sua história a conquista desta prova por mais que uma vez, e outros honrosos lugares como o do ano passado, deixar de ter um pensamento que não seja a vitória na competição.
Temos trabalhado de forma muito séria, à imagem do ano passado onde só fomos batidos na lotaria das grandes penalidades, por isso temos de pensar que este será o nosso ano e que chegou de novo a nossa vez de elevar o troféu.
Sabemos porém, que temos de trabalhar muito e bem, com respeito por todos, para trazer para Lisboa o Título, porque também é legitimo que todas as outras Associações presentes queiram vencer a Prova.
Tenho confiança no grupo e espero ter no final o mesmo orgulho neste grupo de trabalho que tive o ano passado com apenas uma diferença.
Que no autocarro de Lisboa, no regresso, além dos meus “MENINOS” venha também a Taça de Campeões do Inter-Regiões 2010.

5- Estando estes jovens inseridos num escalão etário nem sempre fácil (14/15 anos), qual o segredo para a evidente empatia que tens vindo a conseguir estabelecer com todos eles?

J.A.: Julgo que é algo natural. Nas minhas experiências enquanto Dirigente sempre tive grande empatia com todos os meus atletas, fossem eles Séniores ou Bambis, fossem eles grandes nomes do Hóquei Patins Nacional ou estivessem a dar os primeiros passos na Iniciação.
Posso até dizer que criei algumas relações de amizade e respeito com a maior parte deles.
O facto de ter feito Desporto de Competição ajuda-me enquanto Dirigente a entender melhor o que está na cabeça de cada um e a falar a mesma “língua” que os atletas.
Se eles perceberem que têm no Dirigente alguém que os entende, e que os pode ajudar em tudo o que necessitem e nunca lhes vai cobrar nada, à excepção da total entrega em campo para a concretização de um objectivo definido por todos, entendendo isto tudo será mais fácil.

Eu estou ali para eles, quando e sempre que eles precisarem e acho que todos os atletas com quem tenho trabalhado sabem isso.

6- Como caracterizas o grupo que este ano vai tentar recuperar um título que no ano passado só escapou na lotaria das grandes penalidades?

J.A.: São grupos diferentes mas ao mesmo tempo iguais.
Diferentes pela personalidade de cada elemento, mas iguais na vontade de conquista, na entrega ao trabalho, no respeito pelas normas com que nos regemos neste grupo de trabalho.
Tenho um Orgulho imenso em ter trabalhado com a Selecção do Inter-Regiões de 2009, onde tive atletas que conheço à muitos anos e que privei inclusive enquanto Dirigente de Clube. Foram verdadeiros Campeões durante todo o trajecto que nos levou à Final. Não os esqueço e tal como me vai sendo habitual vou acompanhando o seu percurso e tenho a certeza que vão ser jogadores de referência do Hóquei de Futuro.
Este ano temos um grupo igualmente ambicioso, com muita qualidade e voluntarioso em tudo o que lhes é exigido quer pelos técnicos quer pela parte Directiva.
Temos já uma ligação forte mas aqueles 4 dias que vamos passar na Mealhada vão estreitar ainda mais a união de todos.
Pode ser questionável por outros, e respeito, mas para mim estão neste grupo os melhores de Lisboa, atletas de grande valia e acredito que este é o ano de grandes alegrias para estes meus ”Putos”.

7- As tuas atribuições enquanto dirigente do comité de hóquei em patins da A.P.L. esgotam-se neste acompanhamento da Selecção Distrital Masculina, ou existem mais actividades nas quais estás inserido?

J.A.: Enquanto membro do Comité tenho também a responsabilidade de coadjuvar administrativamente o Vice-Presidente do Hóquei em Patins da APL na organização das diversas provas em que a APL está inserida nos diversos escalões.
Existe todo um trabalho administrativo durante a época que é necessário fazer, que é da responsabilidade dos membros do Comité.
Reunimos todas as semanas para avaliar e discutir o que vai acontecendo nas Provas com Organização da AP Lisboa, e quando necessário decidir, algumas matérias para que em Reunião de Direcção sejam debatidas e aprovadas se esse for o caso.
A Associação é um representante dos Clubes e nós felizmente temos muitos com Hóquei em Patins, como tal, existe sempre muito e mais trabalho a fazer.

8- Sendo uma das pessoas que transitou da direcção anterior, quais as alterações mais significativas que existiram desde a tomada de posse desta nova estrutura directiva?

J.A.: Sou uma das pessoas que transitou do Comité de Hóquei em Patins da Direcção anterior, apenas para rectificar.
Os membros do Comités não pertencem à Direcção da AP Lisboa.
Trabalhamos para uma causa que é o engrandecimento desta nossa paixão que é o Hóquei em Patins, não devemos trabalhar para pessoas no meu entender.
Tenho uma máxima, que todos fazem o melhor, embora o melhor de cada um, possa não ser o melhor dos outros.
Como tal tenho a certeza que a anterior Direcção da APL liderada pelo Sr. Vitor Martins, que muito deu ao movimento Associativo, deu o seu melhor e sempre com o pensamento no futuro e na sustentabilidade das modalidades que representa a APL.
As Direcções são diferentes, se os seus lideres forem diferentes, porque como se diz “cada cabeça sua sentença”.
Existem novas ideias, novos projectos, novas linhas a seguir, mas o propósito é só um.
Servir o movimento Associativo e os seus Filiados.
Como diz um Sr. que conheço e passo a citar “Nós vestimos todas as Camisolas dos nossos filiados”.

Está o Comité de Hóquei em Patins da Direcção liderada pelo Sr. Luis Nascimento empenhado em enaltecer, projectar e melhorar o Hóquei em Patins da APL, sempre de acordo com a vontade dos seus Filiados, tal como o anterior estava e tal como os do futuro estarão.


9- Obrigado João pela tua simpatia e disponibilidade e para finalizar esta nossa conversa, gostaria de te lançar um desafio, pedindo-te para em breves palavras, caracterizares, um a um cada jovem desta selecção?

J.A.: Lanço também o desafio de responder com o que de imediato me vem à cabeça, porque é mais genuíno e sincero e não seria justo para os meus “Putos” que estivesse com grandes palavras para os caracterizar.


· Valério: Humildade e Qualidade
· André Lopes: Trabalho vs Acreditar
· Nani: Boa Surpresa, Grande Alentejano
· Tocha: O meu grande “puto” mais pequenino
· André Gaspar: Grande Nenuco, Responsabilidade, Braço Direito
· Diogo Pereira: Serenidade, Um Senhor
· Bernardo: Adoro este Puto, é o meu Xunginha
· Rodrigo: Futuro Risonho
· Miguel: Xarope Absoluto, Tudo para ser Enorme na modalidade
· Diogo Fernandes: Gigante das Balizas, Desde sempre um Predestinado


Não queria terminar sem deixar uma palavra de agradecimento a todos os Pais dos nossos Campeões, sim, porque os nosso “Meninos” para mim são já Campeões, por toda a disponibilidade demonstrada até aqui e o desejo de podermos retribuir com boas prestações na Mealhada e que o nosso Objectivo seja também o vosso Objectivo, porque todos juntos seremos mais que cada um por si.

Também uma palavra de louvor a vocês Lina e Gaspar por terem criado este blog que vai relatando o que vai acontecendo no seio deste Grupo de Trabalho e que vai eternizar estes momentos.

Viva Lisboa
Força APL

Sem comentários:

Enviar um comentário